Receba milagre na ceia
Deus é bom. Ele o ama e deseja o melhor para você. A vontade d’Ele é que você tenha um coração cheio de paixão e vida; um corpo saudável, cheio de vitalidade; um espírito renovado para adorá-lo e ter comunhão com Ele; uma mente clara, cheia do conhecimento da glória de Deus. Nunca foi intenção de Deus que tivéssemos um corpo cheio de enfermidades e uma alma deprimida e angustiada.
Deus não nos criou para vivermos uma existência curta, atribulada e pobre. Não fomos feitos nem mesmo para morrer. Todas essas coisas são inimigas de Deus. O Senhor Jesus veio para nos redimir da maldição, a qual entrou no mundo pela queda do homem. O primeiro Adão, por causa da queda, trouxe ao homem a condenação, a doença, a pobreza e a morte, mas o último Adão trouxe redenção, saúde, vitória e imortalidade.
Como último Adão, Jesus levou para a cruz toda a maldição do pecado e, como segundo homem, nos introduziu numa nova criação, sendo Ele mesmo o cabeça de uma nova raça.
Leia 1 Coríntios 15.45-48
Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais.
Existem 33 milagres do Senhor relatados nos Evangelhos.
Ele fez muito mais do que isso, mas João disse que esses foram registrados para que crêssemos que Jesus é o Filho de Deus (Jo 20.30-31). Jesus fez 33 milagres nos Evangelhos. Desse total, 28 estão relacionados com o nosso corpo, incluindo comida, pão e peixes sendo multiplicados e água transformada em vinho. Mas 24 são curas físicas, e aí incluímos expulsão de demônios e ressurreição dos mortos.
Veja que o poder do Senhor está disponível para suprir todas as nossas necessidades físicas.
O Senhor raramente repreendia seus discípulos. No entanto, quando o fazia, era por causa da pequenez da fé. Em outras palavras, Ele lhes dizia: “Por que vocês tomam tão pouco de mim? Meu poder pode lhes dar muito mais. Por que vocês não recebem?” A maior bênção que podemos receber depois da salvação é a cura para o nosso corpo.
Saúde é a maior riqueza. Fomos criados para viver eternamente, então a doença não faz parte do plano de Deus. Jesus nunca fez pessoa alguma adoecer para lhe ensinar uma lição espiritual, a fim de trazê-la para mais perto d’Ele, ou para ela aprender o quebrantamento. Ele também não castigou ninguém com enfermidades, em ocasião alguma. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Cuidado para que a ceia não se torne apenas um ritual.
O Senhor deixou a ceia como um memorial de que ocorreria no momento de sua morte. Então não podemos tomar dela apenas como ritual. Mas como de fato o que ela tem poder de fazer.
A ceia nos dá saúde e vida
Em 1 Coríntios 11, o Senhor diz que Ele não deseja que sejamos condenados com o mundo.
Leia 1 Coríntios 11.32
Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.
O contexto desse capítulo é a ceia do Senhor, portanto ser condenado aqui não significa ir para o inferno. Embora tomar a ceia de forma indigna seja errado, esse ato não pode condenar ninguém ao inferno.
O Senhor está dizendo que a igreja deve receber os benefícios da ceia para que não sofra o mesmo tipo de condenação que o mundo sofre. Baseado no contexto, o que eles estavam sofrendo era fraqueza, doença e morte prematura.
Leia 1 Coríntios 11.30
Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem.
Desde que Adão caiu, o mundo está debaixo de condenação e por isso sofre debaixo de doenças, fraquezas e morte antes da hora. A vontade de Deus é que não mais vivamos assim. O Senhor veio para remover tais coisas na vida dos que creem.
Morte prematura
Paulo estava surpreso que houvesse tantos fracos, doentes e gente que morria jovem dentro da igreja de Corinto.
A razão desse problema era que eles não discerniam o corpo de Cristo na ceia.
Tomavam a ceia de forma irreverente e indigna
Isso não significa que eles eram indignos, mas estavam participando de forma indigna
Muitos interpretam de forma errada esse texto e dizem que, se alguém participa da ceia em pecado, sofrerá juízo. Mas não é isso que Paulo está dizendo.
Não é a pessoa que é indigna, mas a maneira como ela está tomando a ceia. Jesus morreu por gente indigna e não existe ninguém digno na presença de Deus (Ap 5.2-3).
Leia 1 Coríntios 11.27-30
Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem.
O resultado disso era fraqueza e doença
Alguns interpretam que a fraqueza, a doença e a morte prematura eram a disciplina de Deus sobre eles por causa da irreverência com a ceia. Mas eu creio que devemos entender isso como o resultado de não estarem participando dos efeitos maravilhosos da ceia por não terem entendimento do seu significado. O ato de tomar a ceia indignamente é apenas o sinal de que eles não discerniam o corpo de Cristo. O verdadeiro problema é a falta de discernimento.
Isso significa que, quando tomamos a ceia sem discernir o significado do corpo de Cristo, deixamos de usufruir da bênção de cura, força e vida longa.
É preciso discernir o corpo
A palavra “discernir” é diacrino no grego. Essa palavra significa “fazer diferença, separar, distinguir”. Em primeiro lugar, precisamos distinguir o pão da ceia dos outros pães comuns.
Mas também devemos distinguir a diferença entre o sangue e o corpo. Precisamos saber para que o sangue foi derramado e por que o corpo foi partido. Os irmãos entendem mais rapidamente o significado do sangue. Eles sabem que os seus pecados foram perdoados e agora participam da Nova Aliança. Muitos, porém, não entendem o significado do pão. É interessante que nos três Evangelhos onde é descrita a última ceia (que, na verdade, é a primeira), o Senhor diz sobre o pão: “Tomai, comei; isto é o meu corpo”. Nada diz sobre o seu significado. Mas sobre o cálice, Ele diz: “Este é o meu sangue, dado para a remissão dos pecados”.
Leia Mateus 26.26-28
Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.
Qual é o significado do pão? Por que o corpo foi partido?
Nós sabemos que o sangue é para a remissão de pecados, mas e o corpo partido? Creio que o corpo foi partido para a cura de nosso corpo. Paulo não disse que o problema dos coríntios era porque não discerniam o sangue, ele disse que o problema era não discernir o corpo. Porque não discerniam o corpo, estavam fracos e doentes (vv. 29-30).
Existem dois elementos na ceia porque existem duas aplicações diferentes. O vinho é para o perdão, mas o pão é para cura.
O sangue é para perdão
Quanto ao sangue, não há nenhuma confusão ou problema para entender o seu significado. O Senhor mesmo o tornou claro:
Leia Efésios 1.7
No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça.
Quando você tomar o vinho, saiba que os seus pecados foram perdoados e você foi feito justo diante de Deus por causa do sangue de Jesus.
O corpo é para cura
Embora todo cristão tenha discernimento do vinho, nem todos entendem o sentido do pão. Para esclarecer a respeito do pão, precisamos ver uma passagem que Jesus falou do pão.
Quando o Senhor falou com a mulher siro-fenícia, Ele disse que não era bom tirar o pão dos filhos e dá-los aos cachorrinhos. O que significa o pão dos filhos?
Leia Marcos 7.26-28
Esta mulher era grega, de origem siro-fenícia, e rogava-lhe que expelisse de sua filha o demônio. Mas Jesus lhe disse: Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Ela, porém, lhe respondeu: Sim, Senhor; mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças.
O pão dos filhos se refere à cura da filha da mulher
Os filhos são aqueles que participam da aliança, e os cachorrinhos são os gentios, que estavam fora da aliança. Assim, a cura estava incluída na aliança de Deus com os seus filhos. Mas ali o texto fala de libertação, e não de cura. Como explicar isso? A verdade é que a Bíblia trata a doença e a possessão demoníaca como sendo a mesma coisa, pois ambas procedem do diabo.
Leia Atos 10.38
Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.
A cura e a libertação é o pão dos filhos
A mulher creu no poder das migalhas e recebeu o milagre.
Mas tenho uma boa notícia para você, hoje nós participamos do pão inteiro, então podemos desfrutar de muito maior poder.
Portanto, quando você comer do pão, lembre-se de que o corpo de Jesus foi partido para que o seu corpo pudesse ser restaurado. Ele tomou as nossas doenças e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Leia Isaías 53.4-5
Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
No dia da Páscoa no Egito, o povo deveria matar o cordeiro e aplicar o sangue nos umbrais das portas. Isso é para nos livrar da condenação da morte. Pelo sangue, somos salvos.
Mas a Bíblia diz que o cordeiro deveria ser comido dentro da casa. Esse ato de comer o cordeiro nada mais é do que o pão que partimos na mesa do Senhor hoje (Êx 12.8). O resultado disso foi que não havia nenhum inválido em Israel.
Irmãos haviam cerca de 2,5 milhões de pessoas saindo do Egito e nenhum doente entre eles. Isso é um quadro do que a igreja pode experimentar hoje.
Leia Salmos 105.37
Então, fez sair o seu povo, com prata e ouro, e entre as suas tribos não havia um só inválido.
Na cruz, o Senhor não apenas nos deu o perdão, mas também a cura para todas as enfermidades. Esse é o sentido de discernir o corpo. Uma vez que discernimos o significado do corpo, podemos desfrutar de força, saúde e vida longa, o exato oposto daqueles que não discernem.
Comeram da comida errada
Todo pecado, maldição, enfermidade, miséria e mesmo a morte vieram ao homem pelo único e simples ato de comer. Comeram da comida errada. Deus, então, por meio do último Adão, colocou-nos um simples ato de comer para termos perdão, vida e saúde. Se você crê nas consequências do primeiro ato de comer, precisa crer no poder do segundo também.
O corpo é a verdadeira comida
O Senhor Jesus disse que Ele é o pão que desceu do céu. Isso certamente está associado também à ceia do Senhor. Nós comemos do Senhor na ceia (Jo 6.49-58). Precisamos crer que é algo espiritual. É o corpo do Senhor naquele pão. É claro que o pão continua sendo um pão, mas, naquele momento, adquire um poder espiritual. Pela fé, você come de Cristo.
Nesse texto de João, primeiramente o Senhor usa a palavra grega phago, traduzida como “comer”.
Mas o interessante é que a palavra usada no grego para “comer” a partir do verso 54 é trogo, que significa “mastigar, ruminar, triturar”. Podemos até usar o verbo comer no sentido metafórico, mas mastigar nos fala de uma experiência bem física. Certamente, o Senhor está aqui se referindo ao pão da ceia. Jesus disse que a maneira de permanecermos n’Ele é participando da sua carne e do seu sangue.
Nisso vemos a importância de participarmos da ceia, não como um ritual, mas como uma experiência de vida. Nós comemos do Senhor ao comermos do pão pela fé. Em todo o texto de João, o verbo comer está no tempo particípio presente ativo no grego. Isso significa que não é algo que fazemos uma única vez, mas é uma ação contínua. Nós devemos comer do Senhor continuamente.
Isso significa que, à medida que participamos da mesa do Senhor vez após vez, recebemos gradualmente vida, saúde e força. Não é um ato mágico, mas um alimento de fé.
Ceia apenas uma vezes no mês
Precisamos ser mais sérios com a ceia do Senhor não só pelo valor dela, mas também pelo que ela faz em nossa vida. Na igreja de Atos, eles partiam o pão de casa em casa diariamente (At 2.46).
Esse partir o pão nada mais é do que participar da mesa do Senhor.
Leia Atos 2.46
Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração.
Muitos irmãos não sentem necessidade da ceia porque ainda participam da mesa do Senhor de forma simbólica.
Jesus disse: “Este pão é o meu corpo”. Ele não disse: “Este pão é um símbolo do meu corpo”. Ele disse: “Este é o sangue da nova aliança”. Ele não disse: “Isto é o vinho simbólico da nova aliança”. Não exagere nessa questão de simbolização. Há uma grande realidade espiritual na ceia do Senhor. Na verdade, há poder na ceia, poder de cura.